Gestão Estratégica

Estratégias e Planos envolvem pessoas, recursos e processos na consecução de objetivos. A execução da Gestão para Resultados, neste horizonte, tem como funções: determinar a direção estratégica da organização, implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica e melhorar continuamente o desempenho das atividades em andamento. O início da GPR é esclarecer o propósito da organização e a definição clara do que a organização quer ser. Essa definição gera a declaração da Missão, que deve ser sintética, clara, de fácil compreensão e que identifique as características únicas da organização.
A análise sistêmica do ambiente externo e interno à Organização concomitante com a vinculação estabelecida com as partes interessadas tem como resultado um ciclo virtuoso evidenciando um melhoramento contínuo. O entendimento sistêmico, perceber a si mesmo e o mercado onde atua, subsidiada em oportunidades de melhoria e impulsionada pelos pontos fortes sem desconsiderar as forças restritivas, parte do pressuposto que a visão compartilhada entre os atores deste cenário está sendo norteada por uma estratégia. A análise do ambiente externo deve abranger o contexto tecnológico, político, econômico, legal, sócio-cultural, demográfico e ecológico. A análise do ambiente interno abrange as atividades das áreas de planejamento e gestão, financeira, marketing, captação de recursos e operacional. Estas análises são pressupostos para embasamento da construção dos objetivos estratégicos.
Os Objetivos Estratégicos de uma organização, esta sendo ou não de fins lucrativos, é a tradução das necessidades e expectativas dos stakeholders. Cada um desses grupos de interesse tem critérios diferentes a respeito do que esperam da organização. Deverão, portanto, existir diversas expectativas para atender a todos esses grupos de interesse, sendo que a organização no curto prazo dever priorizar o atendimento de acordo com a necessidade maior do momento. Os fatores estratégicos estão interligados por sua adequação, continuidade e abrangência à Visão de futuro da Organização. A implantação e o desenvolvimento da estratégia será exitosa se a liderança for perseverante e mantiver um monitoramento eficaz com abertura a melhorias ao longo do processo.
A natureza das medições a serem adotadas depende da natureza das estratégias (necessidades e expectativas). A definição de indicadores de desempenho para a avaliação da implementação das estratégias propicia elementos para o gerenciamento do seu progresso com base em fatos. A análise dos propósitos estratégicos para a criação de medições objetivas tem como parâmetros a relevância (medição decorrente da parte interessada e/ou vinculação com estratégia formulada), acessibilidade (facilidade de informação no sistema de informação), objetividade (demonstrar resultado de eficiência, eficácia, satisfação ou insatisfação), comparabilidade (comparar com o ambiente externo para validar níveis alcançados e apoiar estabelecimentos de metas). O estabelecimento de metas atendendo os seguintes requisitos: atendimento às necessidades das partes interessadas, desafios incrementais, condições de ambiente externo, balanceamento e compatibilização com investimentos.
Uma prática eficiente de se determinar metas de desempenho é buscar referenciais externos. Para identificá-los, podemos seguir os seguintes passos: selecionar o indicador e quantificador a ser referenciado, identificar a melhor organização para esse indicador, selecionar o responsável pelo referencial, visitar a organização referencial (se isto não for possível é recomendável encomendar-se uma pesquisa ou consultoria), identificar as diferenças e melhores práticas e determinar as metas de desempenho.
A tendência dos dados apontados também é um fator importante e deve ser constantemente observada. O monitoramento do desempenho é quando toda a organização toma conhecimento dos indicadores, quantificadores e metas planejadas e inicia o procedimento de coleta de dados e avaliação. Esse processo garante que aquilo que uma organização está fazendo está consistente com o que ela decidiu fazer.
Assim, a alocação de recursos para assegurar a implementação dos Planos de Ação tem a finalidade de quantificar e reservar recursos para a consecução dos Planos de Ação, em tempo de planejamento, para garantir que os investimentos necessários estejam refletidos na projeção de resultados. São traduzidos como investimentos e retornos financeiros.
A correta utilização dessas ferramentas leva a organização a atingir os objetivos e metas planejadas. A medição do impacto na sociedade, causado pelo atendimento destes objetivos, é tarefa da mais alta relevância e fica, portanto, como sugestão para outros estudos.

Iber Pancrácio.

Fonte do estudo:
Artigo “A Gestão para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizações do Terceiro Setor”; Luiz Rodovil Rossi Junior.Caderno Compromisso com a Excelência – Básico – Estratégias e Planos/2009 – Fundação Nacional da Qualidade_MEG